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A hístória da Tijuca

Logo após a vitória dos portugueses sobre os franceses no episódio da França Antártica, em 1565, a região do atual bairro da Tijuca foi ocupada pelos padres jesuítas, que, nela, instalaram imensas fazendas dedicadas ao cultivo da cana-de-açúcar. Nessa época, foi construída uma capela dedicada a São Francisco Xavier que deu o nome à fazenda dos jesuítas mais próxima do Centro da cidade: a Fazenda de São Francisco Xavier. Em 1759, com a expulsão dos jesuítas do Brasil pelo Marquês de Pombal, as suas fazendas foram vendidas a centenas de novos sitiantes.

A região passou a caracterizar-se pelas suas chácaras e, a partir do século XX, passou a ser um bairro tipicamente urbano. Ainda assim, possui a terceira maior floresta urbana do mundo, a Floresta da Tijuca, plantada por determinação de dom Pedro II na segunda metade do século XIX pelo major Archer em terras de café desapropriadas, para combater a falta de

água que se instalara na então capital do império. Trata-se de uma floresta secundária, uma vez que é fruto de um replantio, compreendendo espécies que não são nativas da mata atlântica, a cobertura vegetal original.

Data de 1859 até 1866 o funcionamento pioneiro da primeira linha de transporte em veículos sobre trilhos no Rio de Janeiro, com tração animal, anterior ao bonde elétrico, ligando o Largo do Rocio (a atual Praça Tiradentes) ao Alto da Boa Vista.

A chegada do bonde elétrico foi em 1892, numa linha que pertencia à Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico, e levava os passageiros do largo da Carioca até a rua Dois de Dezembro. A população se assustou com a inovação. E uma inscrição teve que ser colocada nos espaldares dos bancos: "a corrente elétrica nenhum perigo oferece aos senhores passageiros".

Vários pontos da Tijuca ganharam seus nomes graças ao bonde. A Muda se chama assim por causa da parada que se fazia ali para que os animais cansados fossem trocados por

outros, e se pudesse seguir caminho para o Alto da Boa Vista. A Usina, outro loca famoso, tem este nome porque naquele trecho se situava uma usina termoelétrica. Era lá onde os bondes davam a volta para percorrer de novo o bairro.

Os cinemas da Tijuca

A Tijuca também fez histórias com os seus cinemas. Em 26 de outubro de 1907, era inaugurado na rua Haddock Lobo, número 27, o primeiro cinema da região, o Pathé Cinematográfico. Até o final daquela década, mais nove cinemas foram abertos na Tijuca. Se confirmava a fama do bairro de Broadway tupiniquim. Até mesmo o velho e feio largo da Fábrica Chitas , que passou a se chamar praça Saens Peña em 1911, em homenagem ao presidente argentino, ficou mais bonito com a proliferação dos cinemas. O auge aconteceu na década de 1940, quando foi inaugurado nesta mesma praça o cinema Olinda, o maior do Brasil, com 3.500 lugares.

Lista dos antigos cinemas da Tijuca

– Cine-Teatro América (Rua Conde de Bonfim) - o prédio foi tombado.
– Cinema Carioca (Rua Conde de Bonfim).
– Cinema Avenida (Rua Haddock Lobo).
– Cine-Teatro Brasil (Rua Haddock Lobo).
– Cine Santo Afonso (Rua Barão de Mesquita).
– Cine Metro-Tijuca (Rua Conde de Bonfim).
– Cine Santa Rita (Rua São Francisco Xavier).
– Cinema Eskye (Rua Conde de Bonfim).

O estádio do Maracanã

Na década seguinte a Tijuca veria a decadência dos cinemas e o apogeu do futebol. Em 1950 era aberto às margens do rio Maracanã, o estádio Mário Filho, o maior do mundo. O futebol já recebia grandes clássicos no estádio do América Futebol Clube, na rua Campos Sales, mas com a construção do gigantesco complexo esportivo, o bairro jamais seria o mesmo.

Na inauguração do Maracanã, o presidente Eurico Gaspar Dutra, o cardeal do Rio, Jaime Barros Câmara e o prefeito do Distrito Federal, Angelo Mendes de Morais - 16/06/1950.

O Metrô na Tijuca

naugurada em 1982, a estação Saens Peña, quarta mais movimentada do sistema, tem seis acessos: Rua Conde de Bonfim com General Roca, Praça Saens Peña, Rua Carlos Vasconcelos, Rua Major Ávila, Rua Dr. Pereira dos Santos e Rua Heitor Beltrão.

 

Na Tijuca, há ainda mais 3 estações do Metroviário: Afonso Pena (1982), São Francisco Xavier (1982) e Uruguai (2014). Dentro da área da Grande Tijuca, existem, no total, 05 estações, incluindo-se a estação Maracanã (1981).

A estação tem acesso a pessoas com deficiência na entrada da Rua General Roca com Praça Saens Peña e linhas de ônibus que fazem integração com os bairros Grajaú, Andaraí, Muda e Usina.

Por muito tempo era a estação terminal, até que em março de 2014 foi inaugurada a estação Uruguai.

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